Livremente traduzido por Paulo Pedott do design-survival.com
Um dos campos da criação visual mais legais e desafiadores, porém um dos mais recompensadores…
Seguem dicas de como abordar os projetos… Espero que ajude!
1. Solicitando cotações de produção
Ao desenvolver uma simulação embalagem certifique-se que o mock-up segue exatamente sa especificações; mudanças aparentemente pequenas muitas vezes pode ter um impacto significativo nos custos. Use um Check List de Produção como o que segue… (Você pode criar um seu adaptando este à s suas necessidades)
- A embalagem precisa de algum tratamento de pós-impressão, tais como pelÃculas ou vernizes?
- Que tintas você pretende usar? CMYK, cores especiais,  à base de água, etc.?
- Qual o substrato ou tipo de material que você pretende usar?
- A gráfica/fabricante precisa incluir a montagem da embalagem no preço?
- A gráfica precisa incluir a entrega?
- A sua concepção tem dobras, cortes ou colagem necessários?
- Que quantidade que você necessita?
- Você precisa de que tipo de provas?
2. Não tenha medo de fazer algo fora do comum
Ao projetar uma nova embalagem ou linha de embalagens, você pode estar inclinado a projetar algo no mesmo estilo do que já existe lá fora e funciona. No entanto, para um novo produto, que não tem muito ou nenhum reconhecimento de marca, você precisa capturar a atenção do cliente.Vá para as lojas onde o mesmo tipo de produtos é vendido e veja o que está na prateleira. Olhe para as cores, tipos de rótulo, embalagem e disposição. Deixe que suas descobertas o guiem na criação de algo que é único e vai chamar a atenção para seu produto. Você quer ver seu produto se destacar na multidão.  Não tenha medo de fazer algo fora do comum.
3. As considerações ambientais
Ao projetar embalagens é importante considerar o seu ciclo de vida completo. Pode ser reutilizada? Pode ser Reciclada? Quão fácil de reciclar ela será? É de responsabilidade de um designer, pelo menos, informar o cliente das oportunidades de reciclagem, se usa tintas à base de água, substratos reciclados ou sustentáveis e assim por diante.
4. Inclusão
Considere como um consumidor irá interagir com a sua solução de embalagem, tanto no local de compra quanto e em casa. Existe uma hierarquia clara e compreensÃvel de informação? A embalagem de fácil utilização? As instruções são  legÃveis tanto contraste quanto em tamanho? Tenha em mente que a interação com uma marca e um produto é uma experiência completa e, como tal, a embalagem deve expressar valores positivos, como a inclusão e acessibilidade.
5. Recursos: Reconheça os sÃmbolos de reciclagem
PETE (No Brasil, PET)- de Politereftalato de etileno
HDPE  (No Brasil, PEAD) – Polietileno de Alta Densidade
V (PVC)Â – cloreto de polivinila
LDPE (No Brasil, PEBD) – Polietileno de Baixa Densidade
PPÂ – Polipropileno
PSÂ – Poliestireno
Para baixar esse conjunto como um arquivo vetorial clique aqui .
6. Os códigos de barras
Para adquirir um código de barras para a sua embalagem você ou seu cliente terá que se registrar em um fornecedor de números oficial. Estes números devem ser usados em um gerador de código de barras (que podem ser encontrados na Internet) para criar um arquivo EPS que vai ser usado na embalagem. Certifique-se de verificar o tipo de código de barras você precisa antes de gerar qualquer arquivo, na Europa, estes são tipicamente EAN13. O tamanho recomendado para códigos de barras nas embalagens internacionais é de 16mm de altura.
Terminologia dos códigos de barras:
Escada – Quando colocado verticalmente.
Gate – Como uma cerca, quando colocada horizontalmente.
Para mais informações visite o site da GS1.org. No Brasil o emissor oficial é a http://www.gs1br.org/
Geradores gratuitos de código de barras:   Terryburton   |    Barcodesinc   |    Gerador de código de barras
7. Os números dos lotes
Quando estiver trabalhando com produtos farmacêuticos ou cosméticos você precisará ter certeza de incluir espaço para um número de lote. Estes são mecanicamente estampados na embalagem durante a montagem, para rastrear grupos especÃficos de medicamentos. Não esqueça de incluir essa especificação no briefing para que você possa planejar corretamente esta inclusão em seus projetos.
8. Recurso: Mais sÃmbolos de embalagens
RoHS Compliant “Restrição ao Uso de Substâncias Perigosas” (Os materiais e insumos utilizados nesta embalagem não representam um risco para a saúde) –
Marca CE – Conformidade Européia – O produto atende à legislação definida pela União Europeia, essencialmente para satisfazer um nÃvel básico de qualidade.
Ponto Verde – O ponto verde é um sÃmbolo que permite que os consumidores saibam que o fabricante tenha coberto o custo de recuperação e reciclagem de um produto. Isto é tipicamente uma taxa de licença que varia entre paÃses e os materiais utilizados na fabricação de um produto.
Bin – Não jogue o produto no lixo doméstico ou comum (exemplo: lâmpadas, pilhas e baterias).
Após a abertura, utilizar antes de ou válido por X tempo – Dias, meses, anos. Este sÃmbolo indica os meses de um produto permanecerá com validade após a abertura.
Fita de Möbius- Isto indica que o material pode ser reciclado (por vezes acompanhada por um número de identificação de material).
Para baixar este conjunto como um arquivo vetorial clique  aqui .
Faça com que seu cliente entenda a responsabilidade de utilizar qualquer uma dessas marcas.
9. Contraste
Quando se trabalha com materiais claros certifique-se de você está ciente do conteúdo e que seu projeto complementa essa caracterÃstica e tem contraste suficiente para ser legÃvel. Você pode precisar de considerar colocar uma camada base para aprimorar as cores ou tons semelhantes e assim reforçar o contraste.
10. Recursos: As marcas de Associações (Exemplos de associações dos EUA)
Coelho pulando  – Os produtos não foram testados em animais
Soil Association  – A Soil Association tem uma grande variedade de padrões cobrindo uma série de indústrias leia mais aqui
Sociedade Vegetariana  – O produto é considerado adequado para vegetarianos.
Para baixar este conjunto como um arquivo vetorial clique  aqui .
Procure saber se o produto para o qual você está desenvolvendo a embalagem pertence ou pode pertencer  à alguma associação de produtores e planeje a utilização da marca durante o processo de desenvolvimento da embalagem.
11. Trabalhando com garrafas e superfÃcies curvas
Considere que um lay-out plano não irá ter em conta a curva da garrafa ou embalagem curva e que isto pode tomar uma quantidade significativa de espaço adicional. Peça ao fabricante da embalagem um guia de impressão para obter uma medição precisa e pense em como você desemolverá seu layout, pois idealmente o usuário não deve ter de girar a embalagem para ler a mensagem toda.
12. Guias de cores
Invista em um bom guia de cores, que acaba se aplicando à qualquer projeto que vai acabar impresso. Precisão de cores é fundamental para a criação de uma programação consistente de uma famÃlia de produtos; um atualizado guia de cores vai ajudá-lo a evitar surpresas quando o trabalho for executado. Considere que as cores tendem a desaparecer (“lavar”) ao longo do tempo com o uso pesado e tente atualizar os seus guias de cores ao final de cada ano.
13. Mock-ups
Certifique-se de seu mock-up em 3 dimensões seja o mais fiel possÃvel ao projeto pronto. A diferença entre uma imagem plana e uma embalagem 3D é enorme. Lembre-se de levar em consideração todos os custos que podem incorrer neste processo.
14. Atenção aos grandes lotes
Uma vez que a embalagem foi impressa, certifique-se que você ou seu cliente fez uma verificação aleatória nos lotes. Atenção para o registro (pequenas alterações em toda a arte que deveriam ser corretamente aplicados) e cores consistentes (isso pode mudar um pouco com impressões em partes ou quando o nÃvel de tinta torna-se baixo). Esconder peças menos perfeitas sob as boas é uma técnica bem conhecida; não tenha medo de reclamar das gráficas e fabricantes se sobre quaisquer inconsistências.
15. Mantenha-o simples
Mantenha o seu trabalho de design mais simples possÃvel. Quanto mais complicada a embalagem se torna, mais cara é para a produção e aumenta as chances de erros. Lembre-se de não esquecer o custo de montagem e entrega.