Maria Degolada… Licorosa e cheia de história | Maria Cultura • Blog.
Maria Degolada… Licorosa e cheia de história
18.04.13 • por Sara Cadore
Nota da editora: Como você viu no Face, estamos sorteando essa preciosidade: a exclusiva cerveja Maria Degolada, produzida por nossos amigos da Cervejaria Anner. Para contar a história e os detalhes de produção desta Maria que amamos, convidamos Glauco Caon, excelentÃssimo proprietário da Anner e pai da degolada. Confira:
Esta cerveja faz uma homenagem ao local onde a cervejaria Anner teve origem: a vila Maria da Conceição, em Porto Alegre, sul do Brasil, conhecida pela lenda da Maria Degolada. Maria Francelina Trenes foi degolada por ciúmes em 12 de novembro de 1899 pelo seu namorado, um policial militar. No local de sua morte foi colocada uma lápide, onde ao redor cresceu a vila da Maria Degolada, protetora dos que têm problemas com a polÃcia e considerada uma santa pela população local até hoje. Durante nossa infância e adolescência, ouvÃamos as pessoas próximas comentando que ela saÃa à noite vestida de noiva, com a mão no pescoço, procurando quem a tinha matado. Obviamente este artifÃcio era amplamente usado pelas mães dos nossos vizinhos para que a gente não ficasse brincando na rua até a noite. E, acreditem, funcionava. Em 2007, com a criação da Anner, nossa proposta era contar histórias utilizando a cerveja como meio para isso. Assim nasceu a Maria Degolada Tripel. O estilo tripel teve origem nas abadias trapistas da Europa. Como era feita por padres, ou ‘homens santos’, usamos esta receita para uma ‘mulher santa’ na cultura popular. A receita foi originalmente criada para o aniversário de um dos cervejeiros. Sua fórmula foi considerada em 2013 uma das 500 melhores cervejas do mundo pelo crÃtico de cerveja e jornalista do The Guardian Ben McFarland e seu rótulo considerado um dos rótulos icônicos entre cervejas nacionais e importadas pelo designer norte-americano Randy Mosher. Assim como a receita, o rótulo também é ‘feito em casa’, baseado em uma xilogravura de Olga Caon, mãe dos cervejeiros, feita especialmente para a cerveja. Nela é representada a Maria Degolada caminhando nas ruas da vila vestida de noiva e segurando sua própria cabeça. O resultado de tudo isso foi uma cerveja com teor alcoólico de 11,1%, licorosa, condimentada, de cor acobreada, espuma baixa e persistente. O uso do gruit aliado ao lúpulo faz dela uma cerveja bastante complexa, para ser apreciada sozinha ou com pratos ricos e de sabor muito marcado, como massas ao pesto ou puttanesca, pato, queijos fortes e charcutaria. E certamente cheia de história.
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